Terminei o 12º ano com a dedicatória da directora de turma na faixa de finalista: "Deus quer, o homem sonha, a obra nasce.", de Fernando Pessoa.
Não significava nada para mim na altura...
Acho que ficamos com a informação registada na memória e quando ela faz sentido e faz falta, o cérebro relembra-se dela.
Afinal os humanos têm uma capacidade de adaptação muito boa... Coisa que ouvi no filme "Inadaptado", mas que na altura não consegui
reconhecer muito bem em mim, já não sei bem porquê.
Talvez porque ainda não me conhecia bem e ainda lutava e tinha força para fazer as coisas à minha maneira, sem me tentar integrar e sem entender que temos de nos adaptar ao que nos rodeia e não conseguimos viver sozinhos e isolados...
(Humm agora que penso nisso, fui educada para ser assim; solitária...Então afinal não era eu que lutava, seguia a formatação de que fui alvo...)
Deixei que tudo fosse acontecendo, sem pensar no amanhã, ou seja, no dia de hoje.
Entretanto relembrei-me há uns tempos, quando comecei a querer verdadeiramente que os meus sonhos nascessem, da frase que ouvi quando tinha 18 anos.
Agora já fazia sentido. Agora via o que não tinha feito, não tinha feito a obra, mantive-me no sonho, sentia um vazio na minha vida.
Faltava-me qualquer coisa. Os sonhos eram muito bonitos, mas faltava-me realizá-los e Deus deve ser uma parte importante neste processo, pois eu sozinha não conseguia tornar os sonhos realidade. E tive de acreditar que além do meu sonho, deve haver forças que os ajudam ou não a concretizar, nem que seja fazendo-me ver o que eu preciso fazer. Pois a força está em nós.
. Tempo
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. Failure
. Amor meu
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. Amor