Cada um fique em paz com a sua consciência. Eu não deixarei de ser quem sou, só porque aquela que sempre apregoou o Amor com palavras e canções nunca soube honrá-lo com o coração. Se há quem faça do Amor um simples objeto de culto lírico para impressionar os tolos, também há quem faça dele um milagre que silenciosamente acontece em cada dia - em cada desafio, em cada dificuldade, em cada confronto, em cada conquista, em cada salto em frente na caminhada pela vida em busca de nós próprios. Só essas pessoas contam para mim: as que não eliminam da sua vida quem outrora acolheram entusiasticamente, as que não desistem de dialogar para poderem entender e dar-se a entender, as que são verdadeiras mesmo na hora de dizer "eu errei", as que não têm medo de enfrentar os seus fantasmas para poderem evoluir, as que estão dispostas a mudar de rumo quando necessário. Com essas pessoas partilharei sempre o muito ou pouco que tiver para dar, mesmo que para isso tenha de me sujeitar a ser usado e gozado por quem nunca me respeitou nem sequer compreendeu. Sei quem sou e o que quero; há quem não possa dizer o mesmo. Triste vida a dessas pessoas: no final, terão sido apenas uma presença banal e passageira, igual a tantas outras, olvidável, irrelevante. E podiam ter sido admiráveis, podiam ter sido apaixonantes, companheiras, almas gémeas de alguém...
José Manuel
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